Uma impossibilidade
Quero apenas alertar para a impossibilidade de alguma vez poder existir água em pó. Pensai nisso.
Grupo de Economistas algarvios, descendentes directos da Escola Fisiocrata do século XVIII (a Fisiocracia foi provavelmente a corrente mais inconsequente do pensamento económico)
Quero apenas alertar para a impossibilidade de alguma vez poder existir água em pó. Pensai nisso.
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Depois de muitas tentativas infrutiferas, o Google finalmente acertou na palavra chave, ao considerar "economia" como o assunto que mais se fala no "Les economiste".
Só falta agora o site entrar na base de dados de Deus, e passarmos a figurar na SERP (Search Engine Results Page) do google para palavras como "fisiocracia".
Quando tal acontecer, estaremos mais proximos de ganhar notoriedade com a nossa inconsequência.
Tal como os fisiocratas defendiam o absolutismo como forma do garante de uma justa gestão da ordem natural, os neo-fisiocratas deverão ser federalistas para que a coordenação das ínumeras politicas fiscais faça sentido ao nivel global.
Um artigo a defender esta tese está neste momento a ser escrito, e explica entre outras, como a existência de um imposto único, pode trazer eficiência a uma economia supra nacional.
Penso que em determinadas situações a Política Económica se encontra com aquilo a que podemos chamar de "Variáveis Inevitáveis".
Quero referir-me a variáveis de tal modo exógenas, que a tentativa de um indivíduo tomar iniciativa de as controlar, ou delas tirar partido será, em todos os casos, infrutífera.
Tratam-se então de variáveis supra-exógenas, ou super-exógenas, com uma elasticidade infinitamente rígida, e que se imporão sempre à vontade dos agentes.
Teorema
De fronte de Variáveis Inevitáveis, a Política Económica é inconsequente.
Postulado
Prova-se ser inevitável que uma dotação de X u.m. se reduz gradualmente até ao momento n, e com isso a velocidade a que circula. Deste modo, é sucessivamente mais difícil manter uma velocidade de circulação constante, pois o Índice de Apego à Moeda aumenta na proporção inversa.
Este facto depende da propensão ao consumo do indivíduo i e do número de transacções que este consegue realizar, mantendo-se constante o estado anímico do mesmo, ainda que se tenha cruzado com Manuela Ferreira Leite, Paulo Portas, ou lhe tenha acontecido um outro infortúnio, como assistir a um sorriso de Durão Barroso.
Uma aplicação ao Modelo Poético Sobre a Economia Moderna
Sabe-se deste modelo que a Formiga trabalha todo o Verão para conseguir uma dada quantidade de bens que lhe permita gozar de um certo desafogo financeiro, enquanto a Cigarra goza dos benefícios do ócio.
Considere-se então uma versão de troca pura, em que 1 unidade do bem X = 1 unidade monetária.
O cabaz Y de bens de que a Formiga dispõe tem uma duração limitada, dada a Impossibilidade de circulação da Moeda, pelo que, em dada altura, deixa de ter qualquer dotação, não mais podendo fazer circular moeda, forçando-a a trabalhar no Verão seguinte.
A Cigarra, por seu turno, vê a sua situação agravar-se de forma exponencial. Não tendo dotação inicial tem que mendigar de imediato.
No Verão seguinte a Cigarra melhora a situação, com os proventos do contrato discográfico e dos concertos que realiza (especialmente no Entre-douro-e-Minho). Como se sabe, a Formiga falece de acidente no trabalho, muito provavelmente nas obras do Metro do Porto.
Uma transacçpão é sempre descontínua.
Por mais rápida que seja, possui dentro dos seus mecanismos, pausas divinas, semelhantes às improvisações de Monk.
Se assim é, porque é que todas as teorias económicas sobre os mercados, partem sempre do princípio da sua continuidade das trocas?
Há varios meses que tenho preparado um artigo que suprime esta lacuna teorica, e que entrará directamente para o repositório neo-fisiocrata.
Mais um tema em aberto, e que procurarei fechar.
(Theolonious Monk foi um pianista americano de jazz bastante original, quem quiser procurar uns mp3, aconselho o famoso tema "Blue Monk".
E um dos mais eficientes da história.
Algum pedido ao velho Deus, levará anos a ser concretizado, quando o é.
Por outro lado, qualquer pergunta que se faça ao Google, é respondida em menos de 0,26 segundos e com milhões de soluções diferentes.
O preço é a imagem do valor de um produto.
Distorcer espelhos é uma arte.
Nomenclatura:
t – tempo
t + i :
Inverno se i impar
Verão se i par
Período t
Formiga:
Gasta unidades de tempo em trabalho (o capital é da natureza), cujo rendimento é gasto em bens de consumo (uma parcela que academicamente se considera entre 0 e 1, mas que a experiência mostra situar-se na casa dos 80%) e poupando para o período seguinte.
Cigarra:
Gasta unidades de tempo em lazer
Período t+1
Formiga :
O rendimento poupado em t, é gasto em bens de consumo. Gasta um quarto de unidades de tempo em lazer, e três quartos na planificação e melhoria das actividades a exercer no período seguinte.
Cigarra:
Ao não ter salvaguardado o consumo intertemporal, é obrigada a refugiar-se e a mendigar à porta de centros comerciais gigantes, onde conhece um caça talentos que procura o último elemento de uma girls band. Lança um álbum a solo e pensa na internacionalização.
Período t+2
Formiga :
Morre vitima de um acidente de trabalho.
A critica de Canário (Corolário único)
Quem considera o acaso como algo negligenciável, terá em mãos uma teoria que só se aplica a pessoas que têm uma vida monótona, e que nunca conheceram a sorte ou o azar.
Após árdua reflexão, penso que deveremos também reformular um dos presssupostos basilares dos nossos predecessores.
Nos dias actuais, a crença num deus superior, tal como consideravam os nossos mentores, e tendo em diversos séculos de investigação científica e teorização, dá uma ideia de pouco cientifismo. Creio que devemos encontrar uma nova proposta para aquilo a que os mestres denominavam de "ordem natural".
Proponho então, que, a partir de hoje, e em consonância com o corolário em preparação pelo nosso companheiro, acerca da "Falácia de Pareto", consideremos que a emanação que rege a acção humana seja, à falta de melhor, o savoir-faire, em respeito à francofonia da nossa corrente de pensamento.
Naturalmente que aqui teremos que entrar em linha de conta com a teoria darwinista da sobrevivência dos mais capazes, mas tendo sempre em atenção que a capacidade de iniciativa do indivíduo tem algo de irracional e inconsciente, e portanto de inexplicável, ou seja quase supra-humano.
Considero que, deste modo, e não desvirtuando aquilo que das mantes brilhantes dos nossos antecessores resultou, teremos uma base sobre a qual trabalhar, e quem sabe, poderemos então encontrar a origem das classes e as suas respectivas divisões.
Deixo à apreciação dos restantes esta minha ousadia de alteração da palavra daqueles a quem procuramos seguir.
Um tal de Harry Hillman Chartrand, um doutorado da Universidade de Saskatchewan, tem um paper de 2002 dedicado à neo-fisiocracia.
Ainda não tive tempo de o ler, mas é a unica coisa com alguma profundidade, a intitular-se como neo fisiocrata.
Neo Physiocracy: Biology, Economics & Epistemology